terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Thomas, um Fusca Elétrico Feito no Brasil


Um grupo de estudantes da Universidade Tecnológica do Paraná fez com 
que um simpático Fusca 1982 se tornasse um legítimo representante da 
classe dos veículos ecológicos 
ao trocar seu antigo motor à combustão interna por uma moderna 
unidade abastecida por energia elétrica.
Batizado de EcoFusca – ou Thomas, como é carinhosamente chamado pelos 
seus criadores Bruno Masaharu Shimada, Danilo Yamazaki, 
Diego Francisco de Carvalho Rodrigues, Fernando Luiz Buzutti e 
Marcelo Shinji Otsuka, o carrinho foi o fruto de um projeto que 
começou no último mês de março e 
que resultou em sua apresentação “oficial” durante a última 
edição da Semana Nacional de Ciências, 
que aconteceu entre os dias 17 e 23 desse mês.


Apesar do tempo relativamente curto para sua execução, os jovens afirmam 
que os primeiros esboços surgiram na década de 80, quando o 
engenheiro elétrico  londrinense Jilo Yamazaki 
projetou um veículo que dispensava o uso de 
combustíveis fósseis para se locomover. Este projeto foi usado 
como referência para a adaptação do Fusca.
O característico motor de 1.6 litro refrigerado à ar que desenvolvia 
cerca de 50 cv de potência deu lugar a uma unidade elétrica, 
produzida no Brasil, que tem módicos 15 cv a sua disposição.
Como os motores elétricos dispõem de 100% de seu torque desde 0 rpm, 
os estudantes dizem que Thomas é capaz de se locomover em trajetos 
urbanos com até mais disposição do que um Fusca comum. 
Mas questões de segurança fizeram com que o grupo 
limitasse sua velocidade  máxima a apenas 60 km/h, 
“suficiente para trajetos na cidade”.


A energia usada para abastecer Thomas vem de 25 baterias de chumbo-ácido 
(do tipo comum, usadas em automóveis), instaladas no lugar de seu banco traseiro 
e debaixo do capô dianteiro, onde costumava ficar seu tanque de combustível. 
”O alto custo das baterias de íons de lítio as inviabilizaram no momento” 
afirmou Marcelo Shinji ao TB.
Por conta desta limitação, o EcoFusca tem autonomia de 60 quilômetros 
e seu tempo de recarga é de 8 horas. Só para comparar, as modernas 
baterias de ions de lítio do Mitsubishi iMiev oferecem 160 km 
de autonomia, com tempo de recarga de 14 horas em uma tomada de 
110V ou 7 horas em 220V (com 80% de sua capacidade em menos de 1h).
A adaptação de Thomas para eletricidade custou cerca de R$ 25 mil 
e seu custo por quilômetro rodado é de R$ 0,07, contra R$ 0,26 
em um carro comum.

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